quinta-feira, 31 de maio de 2012

Cosmopolis - 2012

Título Original: Cosmopolis
Lançamento: 2012
País: Canadá
Direção: David Cronenberg
Atores: Robert PattinsonSamantha Morton, Jay Baruchel, Paul Giamatti, Sarah Gadon
Duração: 108 min
Gênero: Drama
Previsão de estreia no Brasil: 13 de julho

"Minha próstata é assimétrica!"

Cena de Cosmopolis
O diretor canadense David Cronenberg e o astro Robert Pattinson compareceram à première de Cosmopolis em Paris, ao som de centenas de fãs enlouquecidas do fenômeno teen que despontou na saga CrepúsculoCosmopolis, que já havia estreado em Cannes na semana passada, não vem recebendo críticas positivas. Ao contrário, as revistas The Guardian The Hollywood Reporter, por exemplo, se mostraram bastante avessas à nova empreitada de Cronenberg. O longa-metragem é uma adaptação do romance homônimo do escritor americano Don DeLillo, publicado em 2003. Cronenberg é também o responsável pela adaptação da história e assina sozinho o roteiro do filme. Na entrevista pré-projeção, o diretor brincou que o filme era muito engraçado e que as pessoas deveriam rir. Até a metade do filme, nenhuma risada foi ouvida na gigantesca sala Grand Rex. 

Cosmopolis conta um dia na vida de Eric Packer (Robert Pattinson). O multibilionário de 28 anos circula por Manhattan em sua limosine. Seu objetivo é simples: ir a um salão mudar o corte de cabelo. No entanto, várias pessoas cruzam o seu caminho. Tais encontros se dão quase sempre em sua limosine, cenário principal do filme. É nela que ele encontra sua consultora de arte (rápida participação de Juliette Binoche), sua consultora financeira (Samantha Morton), seu médico, seus assistentes, entre outros. O dia de Eric é perturbado pela confusão do mercado financeiro, pela visita do presidente americano, por protestos na rua, pela morte de um cantor de rap e por uma séria ameaça à vida do protagonista. Acompanhado sempre pelo seu chefe de segurança (Kevin Durand), o moço ainda tem que lidar com sua distante e evasiva noiva (Sarah Gadon) que se recusa a ir para a cama com ele. 

Cosmopolis é um filme centrado no diálogo, o que faz com que ele tenha uma forte "pegada" teatral. Na verdade, o sentido de diálogo deve ser nuançado nesse caso, já que muitas vezes os personagens se lançam a conversações sem sentido. Sem dúvida a questão da comunicação é posta à prova, afinal vemos diversos personagens verborrágicos que não conseguem comunicar uma informação com clareza ou com objetividade. Ao contrário, eles se envolvem em divagações pseudo-filosóficas, mercadológicas, existenciais, que conseguem ser paradoxalmente coerentes e absurdas. O filme é ambientado em um universo aparentemente apocalíptico, em que ratos são moedas e valem mais do que o euro. Ao mesmo tempo, existe algo extremamente atual no enredo e os protestos vistos na trama, nos lembram o recente movimento Occupy Wall Street

Sob sua aparente insanidade, o filme toca temas muito importantes como a disparidade social, o individualismo, a invasão da tecnologia em todos os âmbitos da vida humana, a insensibilidade do homem face à dor alheia, o poder do capitalismo, a erupção da violência no quotidiano, entre outros. O protagonista é um jovem que usa sua limosine como uma bolha que o protege do mundo, algo que sinaliza sua riqueza e que o separa dos simples mortais. Eric, acostumado a ter tudo o que quer, tenta comprar o que não pode ter como um monumento histórico. Atormentado pelas coisas que ele não pode controlar, como as altas e baixas do mercado financeiro, a morte de um ídolo, sua própria saúde, as vontades da noiva, o jovem começa a se confrontar com o vazio de sua existência e se lança a um caminho de autodestruição. 

Cronenberg utiliza reiteradamente a ferramenta do campo/contracampo, o que introduz dinamismo e certo desconforto às conversações. O diretor também aposta em uma profusão de planos fechados e closes (que reduzem a sensação de amplitude do ambiente), e esses recursos, aliados ao espaço estreito e limitado da limosine, conferem um caráter claustrofóbico à narrativa. O ritmo e o conceito do filme com certeza encontrarão espectadores bastante resistentes que, ansiosos pela ação, deixarão de apreciar o humor sutil e sagaz de cada fala. Cronenberg não mentiu, o filme, de fato, é engraçado. Mas não se engane, não é o tipo de humor que lhe fará dar gargalhadas. É um tipo de humor que faz você reconhecer a ironia fina e inteligente por trás de cada réplica, dita às vezes seriamente ou com grandiloquência. 

O elenco é encabeçado pelo onipresente Robert Pattinson que, sob a direção de Cronenberg, consegue esconder suas limitações e nos oferece, provavelmente, a melhor performance da sua carreira. Obviamente, a ligeira falta de expressão do ator cai como uma luva ao personagem, que tem algo de mecânico. Mas o ator também tem seus méritos e confere certa espessura dramática ao personagem. Em meio às diversas participações especiais vistas no filme, destacam-se a de Samantha Morton, que é sempre magnética e interessante em cena e um fenomenal Paul Giamatti, que dá vida e energia à trama, que tende a ser monocórdica. 

Não dá para se esperar um filme convencional de David Cronenberg. Cosmópolis é, no entanto, um dos filmes menos acessíveis e mais estranhos do diretor. Cronenberg afirmou, na entrevista dada antes da projeção, que não realizou o filme para ser um sucesso de bilheteria. E não será. Dificilmente ficamos indiferentes a Cosmópolis, ele é do tipo ame-o ou odeie-o. Pelo visto, mais odeie-o do que ame-o. Só para constar, eu adorei. 

A sessão especial de Cosmopolis aconteceu ontem, dia 30, no Grand Rex de Paris.

Assista ao trailer:


segunda-feira, 28 de maio de 2012

Na Estrada - 2012

Título Original: On the road
Lançamento: 2012
País: EUA
Direção: Walter Salles
Atores: Garrett HedlundSam Riley, Kristen Stewart, Kirsten Dunst, Tom Sturridge
Duração: 137 min
Gênero: Drama
Previsão de estreia no Brasil: 13 de julho 

“As únicas pessoas que me interessam são os loucos, loucos por viver, loucos por falar, loucos para serem salvos, sedentos de tudo ao mesmo tempo..."


On the road, romance de Jack Kerouac publicado em 1957, é considerado uma das obras literárias norte-americanas mais importantes do século XX. O romance, de forte inspiração autobiográfica, conta as aventuras de um grupo de amigos (jovens intelectuais, poetas) que atravessaram o território estadunidense como forma de celebração à liberdade. On the road é o produto mais marcante da Geração Beat, formada por um grupo de escritores do pós-Segunda Guerra, cujos estilo de vida e expressão artística eram baseados na experimentação, no uso de drogas, na exploração da sexualidade, na religião oriental e na rejeição ao materialismo. Vários cineastas se interessaram na transposição do romance para as telonas, entre eles Francis Ford Coppola, que comprou o direito de adaptação do livro, mas acabou por incumbir o brasileiro Walter Salles para a realização do longa-metragem. Na Estrada foi exibido na mostra oficial do Festival de Cannes no último dia 23 e teve uma recepção morna da crítica especializada. 

Coube a Walter Salles a responsabilidade de adaptar uma obra que possui inúmeros fãs, bem como a tarefa de transportar para o cinema todo o furor e poeticidade de On the road. Roteirizado por Jose Rivera (que já havia trabalhado com Salles em Diários de Motocicleta), o filme acompanha as aventuras protagonizadas por Sal (Sam Riley), Dean Moriarty (Garrett Hedlund) e Marylou (Kristen Dunst), assim como a intensa relação estabelecida entre esses jovens. A maioria dos filmes "de estrada", ou road movies,  se caracterizam por mostrar não apenas uma viagem, como também o autoconhecimento, o amadurecimento e o aprendizado proporcionados por essa experiência. O road movie revela quase sempre uma busca de si mesmo. Duas das maiores obras da filmografia de Salles são road moviesCentral do Brasil (1998) e Diários de Motocicleta (2004). Bastante familiarizado com o gênero, o diretor realiza uma de suas obras mais ambiciosas, mas cujo resultado final tende a dividir os espectadores. 

Jose Rivera tinha a difícil missão de criar uma estrutura narrativa que conseguisse reagrupar de maneira harmoniosa as diversas aventuras retratadas no livro, uma multiplicidade de acontecimentos e episódios esparsados em um período de três anos (1947-1950). O filme apresenta uma estrutura episódica preponderante, ainda que a ordem cronológica seja, em grande parte, respeitada. A opção do roteirista de incluir na narrativa episódios menos relevantes dramaticamente como o affair de Sal e Terry (Alice Braga) e o encontro com Old Bull Lee (Viggo Mortensen), assim como a inclusão de outros personagens secundáriosconfere ao filme um caráter ainda mais fragmentado, dilata sua duração e tira o foco de uma linha narrativa única centrada nos dois protagonistas masculinos. Outra característica da trama é a ausência de um grande conflito unificador. Trata-se, sobretudo, de um diário de viagens, alimentado por um estudo de personagens. O que alguns críticos chamaram de "sem direção" é provavelmente fruto da combinação de tais elementos. É provável que um filme mais enxuto, que focalizasse sobretudo o triângulo amoroso central, fizesse mais sucesso com público e crítica. Em compensação, excluir alguns acontecimentos presentes no livro não seria mutilar a expêriencia contada pelo narrador-personagem? 

Walter Salles traduz em imagens a essência da obra de Kerouac: a celebração da juventude, do espírito livre, da amizade e da arte. O diretor capta com maestria a alma rebelde dos protagonistas, fazendo com que o espectador mergulhe num universo dominado por um lirismo contagiante. Salles reconstrói, com auxílio de uma direção de arte e figurino impecáveis, uma América dos anos 40/50 que pulsa ao som efervescente do jazz. Merecem elogios a belíssima e eficiente fotografia de Eric Gautier e a ótima trilha sonora do experiente compositor argentino Gustavo Santaolalla, que já havia trabalhado com Salles em Diários de Motocicleta e que tem na estante dois Oscar's, por O Segredo de Brokeback Mountain (2005) e Babel (2006). 

Na Estrada tem um grande elenco. Em meio a nomes mais famosos, Garret Hedlund revela-se a maior atração do filme. A atuação do ator de 27 anos é cheia de vigor, fúria e sensualidade. Hedlund confere  angústia e nervosismo existencial a seu personagem (Dean). O galã é mais conhecido pelo seu trabalho no mediano Tron - O Legado (2010). O inglês Sam Riley dá vida a Sal, narrador e personagem central do filme. Riley acaba sendo ofuscado por Hedlund não apenas devido à intensidade da atuação do colega, como pelo fato de Dean ser o personagem mais fascinante da trama, aquele que comanda a atenção do espectador e dos outros personagens. Kristen Stewart, ainda que tenha uma figura interessante na tela e protagonize cenas ousadas, definitivamente não convence como atriz. Sua xará, Kristen Dunst, ao contrário, prova, mais uma vez, o quanto se tornou uma atriz mais madura e interessante. Uma das melhores surpresas do longa fica por conta de Tom Sturridge, que vive o apaixonado Carlo e tem algumas das cenas mais tocantes do longa. Na Estrada conta ainda com as participações de luxo de Viggo Mortensen, Amy Adams, Steve Buscemi e Alice Braga.

Na Estrada não tem vocação para unanimidade. Muitos irão torcer o nariz para o filme, mas, definitivamente, o novo longa-metragem de Walter Salles encontrará fãs apaixonados. Por mais que reconheça que esse não é o melhor trabalho do diretor brasileiro, tendo a encarar o filme como um projeto bem-sucedido e, por vezes, inspirado. 


Assista ao trailer:




quarta-feira, 23 de maio de 2012

De rouille et d'os - 2012

Título Original: De rouille et d'os 
Lançamento: 2012
País: França
Diretor: Jacques Audiard
Atores: Marion Cotillard, Matthias Schoenaerts, Corinne Masiero, Bouli Lanners
Duração: 120 min
Gênero: Drama


Matthias Shoenaerts e Marion Cotillard protagonizam De rouille et d'os

O segundo filme da mostra competitiva a ser exibido no Festival de Cannes foi o francês De rouille et d'os ("Ferrugem e osso"). O longa-metragem foi realizado por Jacques Audiard, que, em 2009, chamou bastante atenção com o seu excelente Um profeta, drama criminal indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e ganhador do grande prêmio do júri em Cannes naquele ano. O diretor causou mais uma vez uma boa impressão no Festival. Seu novo filme agradou bastante aos críticos, sendo bem mais elogiado que Moonrise Kingdom (2012), filme que abriu a competição. De rouille et d'os é estrelado pela francesa Marion Cotillard e pelo belga Matthias Schoenaerts, ator que foi considerado uma das revelações do festival. Audiard escreveu o roteiro do longa ao lado de Thomas Bidegain, a partir do argumento de Craig Davidson. 

Em De rouille et d'os, Alain (Schoenaerts) se vê incumbido de cuidar do filho de cinco anos, mas passa sérias dificuldades. No entanto, ele tem a chance de recomeçar sua vida, no sul da França, com o auxílio da irmã. Trabalhando como segurança de uma boate, Alain encontra Stéphanie (Marion Cotillard), uma treinadora de orcas. Após um grave acidente durante uma apresentação com os animais, Stéphanie tem suas pernas amputadas. A moça volta a encontrar Alain e os dois iniciam uma inusitada relação. De rouille et d'os fala dos acidentes, das fatalidades e das coincidências capazes de transformar vidas. 

Um dos maiores acertos do filme é a sua abordagem realista do quotidiano, dos indivíduos e de seus dramas pessoais. O filme é completamente ancorado no real, no caos do dia-a-dia, no cinza da cidade, no que não é necessariamente bonito. Cada detalhe trivial da vida das pessoas é importante para termos a sensação de estarmos testemunhando um pedaço da vida de um ser verdadeiro, mortal, cheio de problemas e limitações. Em diversos momentos, Audiard se lança em uma empreitada que lembra à estética do documentário: câmera na mão, tremores, movimentos rápidos. Ao mesmo tempo, chega a ser fascinante a maneira com a qual o diretor insere momentos de extrema poeticidade em meio ao seu realismo urbano, como as belíssimas cenas em que Stéphanie faz os movimentos de comando das orcas ora em um  terraço, ora em frente a um aquário/tanque. 

Em um determinado momento da trama, Stéphanie pede a Alain um pouco de delicadeza. Este parece ser um dos motes principais do filme: como encontrar delicadeza e sensibilidade em um universo dominado pela brutalidade e pela violência? Audiard, por sinal, não tem medo de explorar o lado mais vil do ser humano e faz surgir, por exemplo, Stéphanie em cena já com o nariz sangrando em consequência de um soco que levou de um homem. Essa é a primeira aparição de Marion Cotillard e não é por acaso que o diretor faz a estrela do filme surgir em cena dessa maneira. Mas não é só isso. Audiard filma cada gesto de violência com extremo vigor, apostando em closes impactantes e em movimentos de câmera repentinos. Ao fazer de seu protagonista um lutador de vale-tudo, que participa de perigosas lutas clandestinas, o diretor mostra também o culto à violência e a pulsão autodestrutiva do personagem. 

O filme conta com um elenco afiado formado, em sua maioria, por atores franceses e belgas. Marion Cotillard confere autenticidade ao drama de sua personagem. Um exemplo disso é a cena da descoberta da perda das pernas no quarto do hospital, em que ela grita aos prantos e repetidamente "O que fizeram com minhas pernas?". Na mão de uma atriz menos talentosa, a cena poderia soar como um melodrama barato. A atriz ainda consegue comunicar, principalmente através do seu olhar e de suas expressões, os dilemas e as emoções de sua personagem, tais como: o desejo, o fascínio pela força e pela brutalidade de Alain, a depressão, etc. A atriz ainda dá dimensão à dor da personagem da forma mais delicada e simples possível. Uma lágrima furtiva parece dizer muito mais do que um diálogo. O efeito visual que faz desaparecer parte das pernas de Cotillard é extremamente bem realizado e confere verossimilhança à trama. O galã Mathias Schoenaerts interpreta um brutamontes que no fundo tem um bom coração. A jornada do grosseiro e insensível Alain é justamente a de descobrir o amor e a arte da delicadeza. A atuação do ator belga é magnética, forte e visceral. Tanto Shoenaerts como Cotillard se expõem bastante em cenas de sexo e de nu. É interessante que mesmo não apostando na glamourização dos corpos, Audiard consiga fazer de tais cenas algo extremamente bonito, sensual e natural. 

De rouille et d'os conta com a ótima trilha sonora do onipresente e prolífico Alexandre Desplat (que também trabalhou em Moonrise Kingdom). O filme ainda conta com um trabalho de montagem e edição de som  excelentes e uma bela fotografia, essencial para o tom documental do filme. Infelizmente, De rouille et d'os parece se perder justamente no seu ato final, no qual a resolução soa forçada e precipitada. A redenção de Alain parece ser fruto muito mais de um acidente do que do percurso do personagem durante o filme e de seu envolvimento com Stéphanie, o que é uma pena. 

O novo filme de Jacques Audiard proporciona que entremos na intimidade de dois personagens fortes e   fascinantes e que mergulhemos em seus caos particulares. De rouille et d'os mostra a erupção da violência no dia-a-dia e o nascimento do amor no lugar menos provável. Imperdível. 

Assista ao trailer:


sexta-feira, 18 de maio de 2012

Moonrise Kingdom - 2012

Título Original: Moonrise Kingdom
Lançamento: 2012
País: Estados Unidos
Diretor: Wes Anderson
Atores: Jared GilmanKara Hayward, Bruce Willis, Bill Murray, Frances McDormand e Edward Norton
Duração: 94 min
Gênero: Aventura/ Romance/ Comédia

Kara Hayward e Jared Gilman em cena de Moonrise Kingdom
Moonrise Kingdom abriu a edição 2012 do Festival de Cannes, no último dia 16. Dirigido e roteirizado  (ao lado de Roman Coppola) pelo americano Wes Anderson, de 43 anos, o longa-metragem teve uma recepção sobretudo positiva da crítica especializada, ainda que não a tenha verdadeiramente entusiasmado. Anderson, que iniciou sua carreira em 1994, tem alguns títulos importantes no currículo, entre eles, o cult Os Excêntricos Tenembaums (2001) e a animação O Fantástico Sr. Raposo (2009). Ele foi indicado ao Oscar pelos dois filmes (Melhor Roteiro Original e Melhor Animação). 

Moonrise Kingdom conta a história de amor entre dois adolescentes considerados problemáticos. Sam (Jared Gilman) é um garoto órfão que foge do um acampamento de escoteiros para realizar uma aventura ao lado de sua namorada por correspondência, Susy (Kara Hayward). O sumiço dos dois adolescentes desperta a preocupação dos pais da garota, Mrs. e Mr. Bishop (Frances McDormand e Bill Murray), do xerife local, Captain Sharp (Bruce Willis) e do chefe dos escoteiros, Ward (Edward Norton). O filme explora com sensibilidade a descoberta do primeiro amor. 

A abertura do longa-metragem é, sem dúvida, um dos grandes momentos do filme. Nela, Anderson explora os cômodos de uma casa através de travellings em múltiplas direções. Inspirando-se no conceito da casa de bonecas, o diretor apresenta a realidade de uma família de uma forma extremamente estilizada e elegante. Ao que tudo indica, Anderson contou com o auxilio de miniaturas para os efeitos visuais. Já nesta sequência de abertura, o expectador é confrontado com uma direção de arte e figurino impecáveis, uma linda fotografia e uma trilha sonora inebriante. A fotografia por vezes adquire uma textura "antiga" e a abundância de cores é fascinante. A história se passa nos anos 60 e, ao que parece, Anderson se inspirou em alguns filmes da época, principalmente comédias e musicais, como Bye Bye Birdie (1963), para idealizar a estética do filme. 

Além de ser esteticamente impecável e encantador, o longa-metragem retrata o envolvimento entre os adolescentes protagonistas de uma maneira bastante delicada, revelando, ao mesmo tempo, a inocência e  a precocidade do casal. Infelizmente, o filme acaba ficando menos interessante e envolvente quando focaliza os outros personagens. Ainda que o elenco seja formado por grandes atores, fica a sensação de que a maioria deles é desperdiçada ou subaproveitada pelo roteiro. Por incrível que pareça, os fantásticos Bill Murray e Frances McDormand não brilham como poderíamos imaginar. Bruce Willis, por sua vez, surge mais inexpressivo do que de costume. Já Edward Norton não tem muito o que fazer com seu personagem. O filme ainda se dá ao luxo de contar com breves participações de Tilda Swinton, Harvey Keitel e Jason Schwartzman. É interessante observar que a história se beneficia sobretudo do carisma e da desenvoltura dos jovens e inexperientes atores Kara Hayward e Jared Gilman.

Sem dúvida, algum ingrediente faltou à receita de Moonrise Kingdom. Ainda assim, o filme não deixa de ter um charme particular e conta ainda com alguns momentos bastante inspirados e divertidos. Anderson não deixa de exibir seu humor peculiar e inusitado, presente em obras como Os excêntricos Tenembaums. A trilha sonora de Alexandre Desplat é uma obra-prima. A música, por sinal, é a alma do filme e ocupa um lugar de destaque na narrativa. Moonrise Kingdom é uma delicada fábula sobre primeiro amor e sobre a adolescência que merece ser vista e apreciada, ainda que não seja o melhor filme de seu diretor. 

Assista ao trailer:



domingo, 13 de maio de 2012

As Melhores e as Piores Mães do Cinema

O Dia das Mães não vai passar em branco no Clube do Filme. Aproveitando o ensejo, relembramos algumas das mães mais marcantes da história da sétima arte. 

Confira!

As Melhores


1- Stella Dallas (Barbara Stanwick), Stella Dallas (1937)


O modelo da mãe abnegada imortalizado por Barbara Stanwick no clássico de King Vidor.

2 - Ma Joad (Jane Darwell), em As Vinhas da Ira (1940)


A oscarizada Jane Darwell encarna uma das figuras maternas mais fortes do cinema hollywoodiano, a matriarca da família Joad, num dos maiores clássicos de John Ford.

3 - Mildred Pierce (Joan Crawford), em Mildred Pierce (1945)


Joan Crawford dá vida a uma mulher forte e empreendedora, que tem dificuldades para lidar com a filha mimada e egoísta. Performance ganhadora do Oscar. 

4 - Josephine McKenna (Doris Day), em O Homem que Sabia Demais (1956)


A angelical Doris Day vive uma mãe desesperada em busca do filho sequestrado neste clássico de Hitchcock.  

5 - Annie Johnson (Juanita Moore), em Imitação da Vida (1959). 


No melodrama de Douglas Sirk, Juanita Moore interpreta uma empregada doméstica negra renegada pela própria filha, que tenta passar por branca.

6 - Mamma Roma (Anna Magnani), em Mamma Roma (1962)


A voluptuosa e inesquecível atriz italiana Anna Magnani dá vida a uma ex-prostituta que tenta mudar de vida para voltar a viver com o filho adolescente.

7 - Jenny Fields (Glenn Close), em O Mundo Segundo Garp (1982)


Glenn Close foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por sua performance como Jenny Fields: uma mãe forte, protetora e cheia de atitude. 

8 - Mrs. Brown (Brenda Fricker), em Meu Pé Esquerdo (1989)


Brenda Fricker, ganhadora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, é a pura imagem do amor maternal em Meu Pé Esquerdo

9 - Mrs. Flax (Cher), em Minha Mãe é Uma Sereia (1990)


Cher dá vida a uma mãe divertida e moderna que tem que lidar com sua problemática filha adolescente e com a filha mais nova. 

10 - Mortícia Addams (Anjelica Huston), em A Família Addams (1991)


É quase impossível imaginar outra atriz na pele de Mortícia. Anjelica Huston encarna perfeitamente essa mãe amorosa e excêntrica. 

11 - Sarah Connor (Linda Hamilton), em O Exterminador do Futuro 2 (1991)


A heroína Sarah Connor, interpretada por Linda Hamilton, é uma das mães mais badass do cinema. 

12 - Mrs. Gump (Sally Field), em Forrest Gump - O Contador de Histórias (1994)


Como não se lembrar da adorável mãe de Forrest Gump, vivida por Sally Field? Forte, amorosa e sábia são alguns dos adjetivos que poderiam defini-la.

13 - Beatrice Henderson (Debbie Reynolds), em Mãe é Mãe (1996)


Debbie Reynolds é um dos rostos mais doces e meigos de Hollywood. No filme Mãe é Mãe, de Albert Brooks, ela oferece uma de suas melhores atuações na pele de uma mãe apaixonante.


14 - Jackie Harrison (Susan Sarandon), em Lado a Lado (1998)



Em Lado a Lado, Susan Sarandon é Jackie Harrison, uma mulher que está na fase terminal de um câncer e que decide preparar a namorada do ex-marido para ocupar o seu lugar e cuidar dos seus filhos.

15 - Selma (Björk), em Dançando no Escuro (2000)



No impactante drama de Lars Von Trier, Selma tenta juntar dinheiro para pagar a operação do seu filho e, assim, evitar que ele fique cego. Björk ganhou o prêmio de Melhor Atriz em Cannes por sua performance.

16 - Samantha 'Sammy' Prescott (Laura Linney), em Conta Comigo (2000)


Laura Linney foi indicada ao Oscar por sua atuação no indie Conta Comigo, no qual vive uma mãe que tem que lidar com problemas financeiros e familiares, enquanto tenta criar o filho.

17 - Mulher Elástico (dublada por Holly Hunter), em Os Incríveis (2004)


A super-poderosa mãezona da família Incrível não podia faltar na lista!

18 - Raimunda (Penélope Cruz), em Volver (2006)


Penélope Cruz, indicada ao Oscar, interpreta uma mãe forte e sensual, que ajuda a encobrir um crime da filha, no filme de Pedro Almodóvar!

19 - Christine Collins (Angelina Jolie), em A Troca (2008)


Após o desaparecimento do filho, Christine (vivida por Angelina Jolie, em performance indicada ao Oscar), vai contra tudo e contra todos em busca do menino. 

20 - Mãe (Hye-ja Kim), em Mother/Madeo (2009)


Hye-ja Kim está fantástica na pele de Mãe, uma personagem que encara uma difícil jornada em busca de justiça para o filho, neste excelente filme sul-coreano dirigido por Bong Joon-ho.

As Piores


1- Mrs. Bates, Psicose (1960)


Mrs. Bates era tão monstruosa que continuou tendo "influência" sobre o filho mesmo depois de morta! 

2 - Mrs. Eleanor Shaw Iselin (Angela Lansbury), em Sob o domínio do mal (1962)


Eleanor é manipuladora, maquiavélica e ambiciosa. Na versão original de 1962, ela é vivida de maneira magistral por Angela Lansbury (indicada ao Oscar e ganhadora do Globo de Ouro) e, no remake, por Meryl Streep. 

3 - Margaret White (Piper Laurie), em Carrie - A Estranha (1976)


Piper Laurie (indicada ao Oscar) está soberba na pele de Margaret, uma transtornada fanática religiosa que tornava a vida da filha Carrie mais difícil do que já era. 

4 - Beth Jarrett (Mary Tyler Moore), em Gente como a Gente (1980)


Beth Jarret (vivida pela surpreendente Mary Tyler Moore, indicada ao Oscar) é insensível e cruel com o filho Conrad (Timothy Hutton), no drama familiar dirigido por Robert Redford.

5 - Joan Crawford (Faye Dunaway), em Mamãezinha Querida (1981)


Faye Dunaway é o pesadelo de qualquer criancinha em Mamãezinha Querida, no qual interpreta a atriz Joan Crawford. O filme é baseado no livro escrito pela filha adotiva de Crawford. A cena em que a personagem grita "No wire hangers!" é antológica. 

6 - Mama Fratelli (Anne Ramsey), em Os Goonies (1985)


Anne Ramsey interpretou duas das piores mães do cinema. Em Goonies, ela vive uma mãe abominável, malvada até o osso, que lidera uma gangue particular.

 7 - Momma (Anne Ramsey), em Jogue a Mamãe do Trem (1987)


Momma é tão casca grossa que os próprios filhos querem matá-la. Durona e insuportável, a personagem é a prova de que vaso ruim não quebra. Anne Ramsey foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por sua performance. 

8 - Marietta Fortune (Diane Ladd), em Coração Selvagem (1990)


Que mãe tenta seduzir o namorado da filha e depois faz de tudo para assassina-lo? Resposta: Marietta Fortune. A personagem é vivida pela ótima Diane Ladd (indicada ao Oscar). 

9 - Lilly Dillon (Anjelica Huston), em Os Imorais (1990)


Lilly Dillon é uma vigarista de primeira, que não pensa duas vezes antes de prejudicar o próprio filho. Anjelica Huston dá vida a essa trapaceira imoral e foi indicada ao Oscar pelo seu trabalho. 

10 - Beverly R. Sutphin (Kathleen Turner), em Mamãe é de Morte (1994)


Beverly realmente amava seus filhos. O problema é que ela assassinava as pessoas que os contrariavam. 

11 - Barbara Baekeland (Julianne Moore), em Pecados Inocentes (2007)


Barbara (interpretada pela ótima Julianne Moore) é uma mulher desequilibrada. Ela não vê problemas em dividir o namorado com o filho, por exemplo. Mas não é só isso. Ela chega ao cúmulo de o assediar sexualmente! O filme é baseado em fatos reais. 

12 - Mary (Mo'Nique), em Preciosa (2009)


É difícil encontrar uma mãe mais asquerosa do que Mary, em Preciosa. Se houvesse uma eleição de pior mãe das telonas, ela provavelmente seria a favorita. A personagem parece ser o mal encarnado. A interpretação de Mo'Nique é sensacional e foi premiada com o Oscar. 


FELIZ DIA DAS MÃES!

quinta-feira, 10 de maio de 2012

As Melhores Cenas de Sexo do Cinema - Parte 2

Já era tempo do Clube do Filme realizar a segunda parte da lista de maior sucesso do blog! No post de hoje, relembraremos algumas das melhores cenas de sexo do cinema. Confira!


1 - O Jovem Frankenstein (1974)
Dir.  Mel Brooks



Uma cena de sexo pode ser engraçada (e muito!). No irresistível O Jovem Frankenstein, Elizabeth (interpretada pela divertidíssima Madeline Kahn) é sequestrada pelo Frankenstein (Peter Boyle) e tem uma eletrizante noite de amor com o monstro. 

Assista a um trecho da cena

2 - Império dos Sentidos (1976)
Dir. Nagisa Ôshima




Obra-prima do erotismo, Império dos Sentidos é um dos filmes mais audaciosos a falar de sexo. O filme japonês, co-produzido pela França, é baseado em um acontecimento real que causou escândalo no Japão. O amor obsessivo entre empregada e patrão ganha contornos absurdos! No momento clímax do filme, os amantes vão ao extremo em busca de prazer numa cena impressionante de sufocamento.


Assista ao trailer do filme.

3 - Rede de Intrigas (1976)
Dir. Sidney Lumet




A cena de sexo entre Diana (Faye Dunaway) e Max (William Holden), no clássico Rede de Intrigas, não é particularmente sexy, mas é extremamente ousada e inusitada. Nela, a dominadora e workaholic Diana, domina seu parceiro e tem o orgasmo feminino mais rápido da história. 


Assista a um trecho da cena

4 - Amargo Regresso  (1978)
Dir. Hal Ashby




John Voight e Jane Fonda ganharam Oscar's por suas performances em Amargo Regresso. Ele interpreta Luke, um veterano de guerra paraplégico, e ela vive Sally, uma mulher casada. A sensual cena de amor dos protagonistas marcou época. Repleta de belos closes, a cena termina com Luke levando Sally ao êxtase. 


Assista à cena.

5 - Corpos Ardentes (1982)
Dir. Lawrence Kasdan



Em Corpos Ardentes, Ned (William Hurt) conhece a sexy e perigosa Matty (Kathleen Turner) e fica obcecado por ela. Na cena mais famosa do filme, a moça o rejeita e se tranca em casa. Ela o provoca e o desafia, parada no meio da sala, enquanto ele a observa pela janela. Ned, então, quebra uma das vidraças, invade a casa e a possui no carpete.

Assista a um trecho da cena . 

6 - Minha Adorável Lavanderia (1985)
Dir. Stephen Frears



No filme cult de Stephen Frears, o punk Johnny (Daniel Day-Lewis) e  o paquistanês Omar (Gordon Warnecke) são apaixonados um pelo outro e nutrem um caso em segredo. Numa das melhores cenas do filme, eles fazem amor, e quase são descobertos.


Assista à cena.

7 - Betty Blue (1985)
Dir. Jean-Jacques Beineix



O cult filme francês é recheado de cenas sensuais de sexo e nudez. O filme revela a intimidade de Zorg (Jean-Hugues Anglade) e Betty (Béatrice Dalle), que encontram o amor em suas respectivas loucuras. A cena de abertura do filme é uma tórrida cena de sexo. As primeiras frases do filme são: "Fazia uma semana que havia encontrado Betty. A gente transava todas as noites. Anunciaram tempestades para esta noite".


Assista à cena

8 - Acerto de contas (1987)
Dir.  Jim McBride




No thriller de 1987, o tenente Remy McSwain (Dennis Quaid) começa uma relação tórrida com a advogada Ann Osborne (Ellen Barkin) . A cena de sexo do casal é extremamente quente, natural e verossímil. 


Assista a um trecho da cena

9 - A  Insustentável Leveza do Ser (1988)
Dir. Philip Kaufman



O belo filme de Kaufman, adaptação do romance de Milan Kundera, contém cenas inesquecíveis. Entre elas, a famosa cena do espelho envolvendo os amantes Sabina e Tomas (Daniel Day-Lewis) e a sensualíssima cena envolvendo Sabina e Tereza (Juliette Binoche), esposa de Tomas. 


Assista a um trecho da cena

10 - Ata-me! (1990)
Dir. Pedro Almodóvar




Em Ata-me!, do mestre espanhol Pedro Almodóvar, o desequilibrado Ricky (Antonio Bandeiras) rapta Marina (Victoria Abril). Numa das cenas mais sexies do filme, o moço chega em casa todo machucado de uma surra que levou. A sequestrada cuida de seus ferimentos e os dois acabam por fazer sexo.


Assista a um trecho da cena

11 - O Piano (1993)
Dir. Jane Campion




Neste belíssimo filme de Jane Campion, Ada (Holly Hunter) se vê chantageada pelo vizinho George (Harvey Keitel). Para reaver o seu amado piano, ela deve ceder aos pedidos nada convencionais do vizinho, como o de se deitar nua com ele. Aos poucos, ela redescobre sua sexualidade e se entrega à paixão. A cena em que os personagens fazem amor, se destaca ainda pela bela fotografia e trilha sonora.

Assista à cena


12 - Despedida em Las Vegas (1995)
Dir. Mike Figgis




Ben (Nicolas Cage) é um roteirista fracassado que vai a Las Vegas com a intenção de beber até se matar. Lá, ele encontra uma prostituta, Sera (Elisabeth Shue), que o acompanhará nessa jornada. Em uma cena, Sera serve whisky a Ben de uma maneira bem sensual, em outra cena, bastante comovente, ela faz amor com o moço, quando o protagonista já está bastante debilitado e doente. 


Assista à um trecho da cena

13 - Boogie Nights (1997)
Dir. Paul Thomas Anderson




Boogie Nights, dirigido pelo fantástico Paul Thomas Anderson, fala sobre os bastidores da indústria pornográfica nos anos 70 e 80 e, como não poderia deixar de ser, apresenta várias cenas de sexo. A mais interessante delas é aquela que mostra a estreia do aspirante a ator pornô Eddie Adams (Mark Wahlberg) em frente às câmeras. Ele "contracena" com a experiente Amber Waves, interpretada pela brilhante Julianne Moore. A atriz confere um toque maternal e terno a sua personagem. 

Assista à cena.

14 - Fim de Caso (1999)
Dir. Neil Jordan



Julianne Moore, a exemplo de Kate Winslet, é uma atriz que não tem medo de se expor em cena. Ela possui no currículo algumas cenas de sexo memoráveis. No belo Fim de Caso, ela interpreta Sarah, uma mulher casada que vive um tórrido affair com Maurice (Ralph Fiennes). Uma das cenas mais lembradas é aquela em que os amantes consumam seu amor, na casa da moça, sob o perigo de serem descobertos pelo marido de Sarah. Outra é a cena de amor que antecede o acontecimento trágico que mudará o curso da história. 


Assista à cena

15 - Secretária (2002)
Dir. Steven Shainberg



O filme é uma comédia dramática que conta o envolvimento entre Lee (Maggie Gyllenhaal), uma secretária sadomasoquista e autodestrutiva, e seu patrão obsessivo-compulsivo, Edward (James Spader). O filme é recheado de atrevidas e, por vezes, divertidas cenas que mostram os jogos de submissão entre os dois personagens. No entanto, a cena de sexo mais memorável é justamente aquela em que os dois cedem à ternura e ao romantismo.


Assista a um trecho da cena.

16 - Ken Park (2002)
Dir. Larry Clark, Edward Lachman



Ken Park causou polêmica pelas cenas ousadas de sexo e pelo uso de atores muito jovens. A parte final do filme, contém diversas cenas picantes, entre elas, uma cena de sexo oral entre um trio de adolescentes.


Assista a um trecho da cena

17 - Lúcia e o sexo (2002)
Dir. Julio Medem



Lúcia e o sexo é um charmoso filme espanhol, recheado de cenas apimentadas protagonizadas pela bela atriz Paz Vega. Em uma das várias cenas picantes, Lucia (Vega) venda seu parceiro e lhe oferece partes do seu corpo para ele lamber.


Assista a um trecho cena

18 - Uma História de Violência (2005)
Dir. David Cronenberg



Já no início do filme, Eddie (Maria Bello) se veste de líder de torcida para seduzir o maridão Tom (Viggo Mortensen). Nada se compara, no entanto, à inesquecível cena de sexo na escada (desconfortável sim, mas não menos excitante!). Ótima cena, com a assinatura do grande Cronenberg.


Assista à cena.

19 - Shortbus (2006)
Dir. John Cameron Mitchell



Em Shortbus, Sofia (Sook-Yin Lee) é uma especialista em terapia sexual que, ironicamente, nunca teve um orgasmo. Certo dia, ela vai a um clube de sexo e se depara com uma monumental orgia. A cena termina com a interessante troca de olhares entre a protagonista e uma das moças presentes no recinto.


Assista a um trecho da cena


20 - Pecados Íntimos (2006)
Dir. Todd Field




Em Pecados Íntimos, Sarah (Kate Winslet) e Brad (Patrick Wilson) vivem uma tórrida aventura extraconjugal. Numa das cenas mais quentes do filme, os dois amantes transam na lavanderia.

Assista a um trecho da cena.


21 - Pecados Inocentes (2007)
Dir. Tom Kalin




O pertubador filme de Tom Kalin é baseado em fatos reais. A cena mais desafiadora do longa-metragem é aquela em que Barbara (Julianne Moore) faz sexo com o próprio filho, Antony (Eddie Redmayne). A polêmica cena de incesto causou escândalo.


Assista ao trailer do filme.

22 - O Leitor (2008)
Dir. Stephen Daldry



Em O Leitor, os caminhos de Hannah (Kate Winslet) e Michael (David Kross) se cruzam. O estudante fica fascinado com a misteriosa mulher que tem praticamente o dobro de sua idade. Os dois iniciam um intenso relacionamento amoroso. A primeira cena de amor dos dois personagens, que corresponde à iniciação sexual de Michael, é um dos melhores momentos do filme.  

Assista ao trailer do filme. 


23 - Cisne Negro (2010)
Dir. Darren Aronofsky




A questão da sexualidade é um dos elementos centrais do drama psicológico Cisne Negro. Uma das cenas mais picantes do filme, é aquela em que a reprimida Nina (Natalie Portman) se entrega às pulsões e se envolve com Lily (Mila Kunis). A aura de pesadelo e a ambiguidade  entre realidade e ilusão conferem um caráter ainda mais impactante à cena.

Assista à cena.

24 – Shame (2011)
Dir. Steve McQueen



O recente Shame conta a história de Brandon (Michael Fassbender), um homem viciado em sexo. Uma das cenas mais quentes do filme é aquela em que o protagonista, torturado por não consumar o ato sexual com sua colega de trabalho, que demonstra afeto por ele, transa com uma prostituta em frente a uma janela no alto de um prédio.

Assista ao trailer do filme




Gostou? Faltaram cenas que te marcaram? Dê sua opinião e colabore para a próxima lista. 


Relembre a Primeira Parte da nossa lista.